Rumo à equidade em saúde na Região das Américas

Abstract

A Região das Américas é a que apresenta as maiores disparidades socioeconômicas, além de ter grandes iniquidades em saúde, seja entre os países ou dentro deles, com relação aos grupos populacionais minoritários e excluídos. Essas iniquidades em saúde se refletem em diferenças na expectativa de vida, na saúde no início e ao longo do curso de vida, na carga de doenças infecciosas e não transmissíveis, nos comportamentos relacionados à saúde (como tabagismo, uso de álcool e drogas) e em acidentes, violência e conflitos.

Grupos de baixa renda, trabalhadores informais, pessoas com menor escolaridade, povos indígenas, afrodescendentes e outros grupos em situação de vulnerabilidade na Região encontram-se em enorme desvantagem e enfrentam grandes iniquidades em saúde, o que se reflete em taxas mais altas de doenças transmissíveis e não transmissíveis e de mortalidade materna e infantil. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem o compromisso de trabalhar para reduzir as iniquidades em saúde, como apontam sua Política sobre etnia e saúde; a Estratégia e plano de ação para a promoção da saúde no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2019–2030; e a Política para retomada do avanço rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com equidade, mediante ações sobre os determinantes sociais da saúde e trabalho intersetorial.