Proteção e promoção da saúde mental na Região das Américas

Abstract

Os transtornos mentais, como ansiedade e depressão, e os transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, como abuso de álcool ou tabaco, afetam pessoas no mundo todo e contribuem para uma importante carga de doenças. A Região das Américas não é exceção. A Região tem altas taxas de prevalência de transtornos de ansiedade e depressão e, nos últimos anos, registrou um aumento considerável de pessoas que vivem com demência, a terceira principal causa de morte na Região em 2019.

A pandemia de COVID‑19 exacerbou os problemas de saúde mental e deu mais visibilidade a eles. Na América Latina e no Caribe, houve deterioração da saúde mental em nível populacional e, em 2020, as taxas de prevalência de transtorno depressivo maior e transtorno de ansiedade aumentaram 35% e 32%, respectivamente. Alguns grupos foram afetados de modo desproporcional, como profissionais de saúde e trabalhadores na linha de frente, mulheres, jovens, indivíduos com problemas de saúde mental preexistentes, minorias étnicas e pessoas em situação de vulnerabilidade.

Em muitos países, falta acesso a serviços de qualidade para tratar problemas de saúde mental. Além disso, esses serviços não recebem o financiamento necessário; os gastos públicos em saúde mental representam apenas cerca de 3% do orçamento da saúde. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu a todos os Estados Membros que promovam um maior investimento em serviços de saúde mental.