Versão resumida de Panorama da segurança alimentar e nutricional na América Latina e no Caribe 2020 – Segurança alimentar e nutricional para os territórios mais atrasados
Fecha
2021Metadatos
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Resumen
Durante 2019, 7,4% da população da América Latina e do Caribe conviveu com a fome, o que equivale a 47,7 milhões de pessoas. A situação vem se deteriorando nos últimos 5 anos, com um aumento de 13,2 milhões de pessoas subalimentadas. Se essa tendência continuar, a possibilidade de cumprimento da meta Fome Zero da Meta 2 (ODS2) dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) está se afastando. Estima-se que, em 2030, a fome afetará 67 milhões de pessoas na região, número que não inclui as repercussões da pandemia de COVID-19. A população afetada pela insegurança alimentar continuou a aumentar na América Latina durante os últimos 5 anos. Em 2019, quase um terço da população, ou seja, 191 milhões de pessoas, foram afetadas pela insegurança alimentar moderada ou grave. O atraso do crescimento infantil está diminuindo na região e o sobrepeso entre as crianças com menos de 5 anos de idade está aumentando. Informações recentes sobre a desnutrição nos países da região, mostram que cerca de um em cada cinco territórios está muito atrasado, seja devido à baixa estatura ou ao sobrepeso em crianças menores de 5 anos. Os níveis mais altos de atraso no crescimento encontram-se nas áreas rurais que têm alto índice de pobreza, baixa renda, baixa escolaridade, maior grau de informalidade no emprego, menor acesso a serviços e maior proporção de população indígena e afrodescendente. O sobrepeso parece estar distribuído geograficamente de forma mais homogênea. Contudo, os territórios mais atrasados tendem a se concentrar nas áreas urbanas, com maiores rendas, menor pobreza, maior acesso a serviços e maior formalidade de trabalho. Embora a real dimensão do impacto da pandemia de coronavírus ainda seja desconhecida, ela ameaça ampliar essas diferenças e as lacunas entre territórios atrasados e não atrasados. A pandemia atinge especialmente as populações e territórios mais vulneráveis, onde existe um maior número de empregos informais, os rendimentos são mais baixos e os alimentos saudáveis são escassos. Enfrentar o problema da segurança alimentar e nutricional em territórios atrasados requer intervenções multidimensionais que abordem as várias causas da má nutrição de forma integrada e que ofereçam uma resposta coordenada em várias dimensões do desenvolvimento. O Panorama descreve algumas das principais intervenções políticas que são desenvolvidas na região em torno de três grupos de medidas com foco em: 1) melhorar e promover o acesso econômico a alimentação adequada, 2) melhorar o acesso físico aos alimentos e produzir alimentos que promovam uma nutrição adequada e 3) melhorar o uso e a qualidade dos alimentos.
Tema
Cita
FAO, FIDA, OPAS, PMA e UNICEF. 2021. Versão resumida de Panorama da segurança alimentar e nutricional na América Latina e no Caribe 2020 – Segurança alimentar e nutricional para os territórios mais atrasados. Santiago.
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