“Passaportes de imunidade” no contexto da COVID-19. Resumo científico. 24 de abril de 2020
Fecha
2020-12-10Número de documento
OPAS-W/BRA/PHE/COVID-19/20-170
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A OMS publicou orientações sobre o ajuste de medidas sociais e de saúde pública para a próxima fase da resposta de combate à COVID-19. Alguns governos sugeriram que a detecção de anticorpos para o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, poderia servir como base para um “passaporte de imunidade” ou “certificado livre de risco”, que permitiria aos indivíduos viajar ou voltar ao trabalho presumindo que estejam protegidos contra a reinfecção. Atualmente, não há evidências de que as pessoas que se recuperaram da COVID-19 e possuem anticorpos estejam protegidas contra uma segunda infecção.
O desenvolvimento de imunidade a um patógeno por meio de infecção natural é um processo de várias etapas que normalmente ocorre em um período de 1 a 2 semanas. O corpo responde a uma infecção viral imediatamente com uma resposta inata não específica, em que macrófagos, neutrófilos e células dendríticas retardam o progresso do vírus, e podem até mesmo impedir que ele cause sintomas. Essa resposta não específica é seguida por uma resposta adaptativa, na qual o corpo produz anticorpos que se ligam especificamente ao vírus. Esses anticorpos são proteínas chamadas imunoglobulinas. O corpo também produz células T, que reconhecem e eliminam outras células infectadas com o vírus. É a chamada imunidade celular. Essa combinação de respostas adaptativas podem eliminar o vírus do corpo e, se a resposta for forte o suficiente, pode prevenir a progressão para doença grave ou reinfecção pelo mesmo vírus. Esse processo geralmente é medido pela presença de anticorpos no sangue.
A OMS continua a revisar as evidências sobre as respostas dos anticorpos à infecção por SARS-CoV-2.2-17. A maioria desses estudos mostra que as pessoas que se recuperaram da infecção apresentam anticorpos contra o vírus. No entanto, algumas dessas pessoas possuem níveis muito baixos de anticorpos neutralizantes no sangue, sugerindo que a imunidade celular também pode ser fundamental para a recuperação. Até 24 de abril de 2020, nenhum estudo avaliou se a presença de anticorpos contra SARS-CoV-2 confere imunidade à reinfecção por esse vírus em humanos.
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