Notificación de defectos congénitos por brote del virus del Zika en Colombia, 2015-2017

Abstract

[RESUMEN]. Objetivo. El brote por virus del Zika afectó a varios países tropicales durante 2015 y 2016. Esto obligó a crear estrategias de vigilancia intensificada de microcefalia y otros síndromes neurológicos. Se evaluó el efecto del brote por virus del Zika en la notificación de defectos congénitos en Colombia desde la perspectiva del sistema nacional de vigilancia. Métodos. Se analizó la notificación nacional de recién nacidos con diferentes defectos congénitos y se determinaron las variaciones en la notificación atribuidas a la epidemia mediante un modelo semiparamétrico denominado “diferencia en diferencias” (DID). Resultados. Un total de 18 234 casos por defectos congénitos fueron notificados en Colombia durante el período de estudio. La mayoría eran malformaciones congénitas (91,9%). El 82,3% se confirmó por diagnóstico clínico o nexo epidemiológico. En el caso de la microcefalia, se notificaron ocho casos nuevos por semana epidemiológica (coeficiente de notificación de casos [D] = 8,8; P = 0,000) y 32 casos por otras malformaciones congénitas anatómicas (D = 32,0; P = 0,000). El valor absoluto del estimador de diferencia en diferencias atribuido al brote por virus del Zika incrementó la notificación semanal de casos de microcefalia (DID = |-5,0|; P = 0,008) y malformaciones congénitas (DID = |-12,0|; P = 0,111). Conclusiones. El brote por virus del Zika incrementó la notificación de recién nacidos con microcefalia, pero sin ninguna variación significativa en la notificación de otras malformaciones y defectos congénitos funcionales de origen sensorial o metabólico en el sistema de vigilancia.

[ABSTRACT]. Objective. The Zika outbreak affected several tropical countries in 2015 and 2016, requiring the creation of intensified surveillance strategies for microcephaly and other neurological syndromes. The effect of the Zika outbreak on the reporting of birth defects in Colombia was evaluated from the perspective of the national surveillance system. Methods. National reporting of newborns with different birth defects was analyzed; variations in reporting attributed to the epidemic were determined through difference in differences (DID), a semiparametric model. Results. During the period of study, 18,234 cases of birth defects were reported in Colombia. The majority were congenital malformations (91.9%), and 82.3% was confirmed by clinical diagnosis or epidemiological link. In the case of microcephaly, eight new cases per epidemiological week were reported (coefficient of case reporting [D] = 8.8; P = 0.000) and 32 cases from other congenital anatomical malformations (D = 32.0; P = 0.000). The absolute value of the difference in differences estimator attributed to the Zika outbreak increased weekly case reporting of microcephaly (DID = |-5.0|; P = 0.008) and congenital malformations (DID = |-12.0|; P = 0.111). Conclusions. The Zika outbreak increased reporting of newborns with microcephaly, but caused no significant variation in reporting of other malformations and functional birth defects of sensory or metabolic origin in the surveillance system.

[RESUMO]. Objetivo. O surto de vírus zika afetou vários países tropicais de 2015 a 2016. Fez-se necessário elaborar estratégias de vigilância intensificada da microcefalia e outras síndromes neurológicas. O presente estudo avaliou o impacto do surto de vírus zika na notificação de defeitos congênitos no sistema nacional de vigilância da Colômbia. Métodos. A notificação nacional de recém-nascidos com defeitos congênitos foi analisada e a variação na notificação atribuída à epidemia de zika foi determinada com o uso de um modelo semiparamétrico de diferença em diferenças (DD). Resultados. Ao todo, 18.234 casos de defeitos congênitos foram notificados na Colômbia no período considerado. Os casos, na sua maioria, foram de malformações congênitas (91,9%), sendo 82,3% confirmados por diagnóstico clínico ou nexo epidemiológico. Foram notificados oito casos novos de microcefalia por semana epidemiológica (coeficiente de notificação de casos [D] = 8,8; P = 0,000) e 32 casos de outras malformações congênitas anatômicas (D = 32,0; P = 0,000). O valor absoluto do estimador do método de diferença em diferenças atribuído ao surto de vírus zika indicou um aumento na notificação semanal de casos de microcefalia (DD = |–5,0|; P = 0,008) e malformações congênitas (DD = |–12,0|; P = 0,111). Conclusões. O surto de vírus zika ocasionou um aumento na notificação de recém-nascidos com microcefalia, mas não houve variação significativa na notificação de outras malformações e defeitos congénitos funcionais de origem sensorial ou metabólica no sistema de vigilância.