Anos produtivos de vida perdidos no Brasil, por mortalidade cardiovascular

Abstract

Com base em dados oficiais do governo brasileiro para o ano de 1985, fezse uma estimativa dos anos de vida economicamente ativa perdidos no país devido a mortes precoces (entre 15 e 59 anos de idade), causadas por doencas cardiovasculares. Efectuaram-se os cálculos considerando os 60 anos como o limite da idade produtiva e fazendo as correcões de acordo com a populacão de fato economicamente ativa. Os dados brutos demonstraram, para o país como un todo, una perda de vida produtiva de 481 052,0 anos, para os homens, e de 333 912, 5 para as mulheres, com médias de anos produtivos perdidos, por pessoa, de 12,5 e 13,4, respectivamente, para homens e mulheres. Em todas as regiões, as médidas foram mais elevadas para as mulheres, mas nas regioes menos desenvolvidas (Norte, Nordeste e Centro-oeste), quando comparadas com as regioes Sul e Sudeste, elas foram maiores para ambos os sexos. As proporcões dos anos realmente economicamente ativos perdidos foram mais elevadas nas regioes Sul e Sudeste, com excesso de até 80 por cento. Os dados corrigidos mostram un aumento médio de perdas de 1,0 a 2,8 anos de vida produtiva por mulher e de 0,2 a 0,8 por homen, dando a entender que, no Brasil, as pessoas inseridas na forca de trabalho morren mais precocemente, por doencas cardiovasculares, do que a fracão da populacão fora da forca de trabalho